Segura
a garrafa do álcool com a mão esquerda
unta
c’oa direita
faz
o sinal da cruz
na
testa
no
plexo
no
coração
mentaliza
o pacto
ajoelha,
nego
o
chocalho
olha
o chifre do boi
não
pisca
agüenta
agüenta
se
pisca morre
convoca
as força
te
entende c’oa padrinhage
fecha
o corpo
dois
punhal
um
pra cada mão
nu
em pelo
de
frente pra lua
se
acalma
se
acalma
um
gole
grande
ajuda
anestesia
a úlcera
se
apruma
relaxa!
Mais
uma noite
veste
a roupa da coragem
sente
a brisa
não
pensa mais no cerco
incha
o peito
arromba
o cerco!
Vara
o cerco!
A
noite
a
madrugada
sai
pro mundo
pra
vida
como
se não existisse nada
engraçado
nessa
hora não existe nada
noutra
hora,
fecha-se
o cerco!
Realidade
paranóica!
Então?
Que
importa,
escuta!
Escuta!
O
bandolim!
Flor
amorosa!
O
violão de sete cordas!
O
amor transborda!
Vida
em dois planos,
enlouqueço?!
Escolher...
qual
dos dois me convém?
A
decisão é minha,
só
minha,
na
mão,
só
minha,
mão...
Caminha,
cara!
Deixa
rolar,
enrola
um pouco,
mais
um...
conversa
c’oa vida,
negocia
c’os morto,
engambela
os vivo,
dá
um tempo!...
"O
corpo fechado,
por
babalaô,
o
menino cresceu,
entre
o pano e a ficha,
correu
em pedreira
que
nem lagartixa!"
Verdade,
maninha
verdade,
irmazinha
conselho
dos bom
de
raiz tribal
dum
tempo profundo
milênio
sem fundo...
salvaste
esta vida
que
deve outras tanta,
melhor
só faria
aprumar-se
consciente
lançar
mais semente
a
cucas fundidas
de
ódio e veneno...
acredita
em Jesus!
Que
aquece c’oa luz
mais
forte do mundo
incandesce
até besta
até
louco
sotreta,
c’oas
costa voltada
pro
crime
a
maldade,
transitória
verdade
com
senda marcada,
pois
um só é o caminho,
do
infinito pro nada,
do
nada pra Deus...
dando
volta,
ou
sem volta,
a
bondade é a Lei!
Este poema, sem dúvida, mostra as minhas primeiras experiências fortes com a mediunidade, da qual, na época á qual o escrito se refere, dela eu era absolutamente ignorante; mas anos depois, relendo essas "velharias" da minha vida, vejo pelo rumo que o poema toma em um dado momento, que mesmo sob a forte pressão de forças muito negativas, me acompanhava um vigoroso espírito protetor. Graças a Deus!
ResponderExcluir