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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fazer poemas

Fazer poemas?
           como se fosse fácil!
Rimas,
sonoridades,
buscar as palavras certas
ao expressar emoções.

É um labor delicioso,
que faz de alguém um poeta,
escritor ou leitor atento,
numa ou outra ocasião.

Quem é o melhor poeta?
Aquele que escreve o fato,
registrando o amor ou a dor,
ou quem captura o texto,
levando o seu coração
como um alvo que se antecipa,
e acerta a flecha ainda hirta
bem antes da exploxão?

Todos somos poetas,
embora alguns nos surpreendam,
tamanha sua expressão,
ao dominarem palavras,
qual danças de belas formas,
mostrando que somos deuses,
filhos especialíssimos,
do Pai ou do Creador.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

REESCREVENDO O SALMO 12

Deus! A violência impera!
As novas gerações, perdidas, aturdidas,
           degeneram.

Ao poder político, elevam-se os bajuladores,
             os cínicos, criminosos do branco colarinho.

Justiça! Pedem, desesperançados,
                                        os homens bons.

De milhares de palavras,
escritas ou faladas,
de juizes, senadores,
     deputados, políticos, governadores,
não restam vírgulas,
            que se credite um ponto!

Aproxima-se, inexorável, essa hora,
da justiça aos desalentados,
despossuídos,
           de corações feridos
                 pelas garras da miséria;
dos negros, dos índios,
                            dos sem-terra!

Esta escrito nas estrelas!
Nos alfarrábios,
nos livros,
na boca dos puros,
                nos desígnios!

Haverá, sim,
           um fim para os suplícios!

Aos carrascos,
        reserva a Terra natural vingança:
          setenta vezes sete escarros saltarão das bocas,
                  cuspindo fel na face outra
                                desses sacripantas.

Da fé a certeza.
Do âmago o conhecimento.

Não faltará do Centro o apoio,
para que a Terra finalmente seja
               pura
        ecodivinamente
             santa.

Carazinho,
13.10.95



 

VIDA NORMAL

contar as horas;
protelar;
não ser feliz

POEMA SEM TÍTULO

A música bateu fundo no meu coração.
Alçou voo a pomba,
à procura do impossível