Mais uma despedida. Outra amiga que termina a sua jornada terrena e o corpo – nossa grande ilusão - retorna ao pó, para completar este difícil e misterioso aprendizado de vida e morte.
Falo da Lurdes de Bortolli – grande guerreira! Durona para muitos e generosa para outros tantos. Espírito de boa coragem, descendente de italianos lá da serra gaúcha – Antônio Prado – e com a particular mistura brasileira que nos dá esse tempero sem igual de Nova Raça planetária.
Deixou muitas sementes e claro, filhos maravilhosos. Tem gente que vai, ou volta para a casa espiritual e não recebe nem umas linhas, a não ser aquelas da praxe do necrológio. A Lurdes, para mim, é das que merecem muitas laudas.
Tive as minhas encrencas com ela, em outros tempos, mas sempre fomos amigos que nos respeitamos muito. Amigos são os que se aceita muito bem, apesar das diferenças. E no correr dos anos, a verdade é que “aquelas” velhas diferenças não tinham a mínima importância, ou nem eram diferenças coisa nenhuma.
Lurdes de Bortolli, gostaria de fazer um poema em tua homenagem. Talvez um dia o faça. Deixas saudades e um pouco de inveja, pois “al fin y al cabo”, já estás liberta das limitações da matéria, enquanto que nós ainda temos muito território para palmilhar, quase sempre capengando.
Se a minha fé é verdadeira, o nosso próximo encontro será festivo, pois com a tua hospitalidade tradicional, vais preparar para muitos de nós, no dia em que só Deus sabe, aquela Festa no Céu – ou no quinto dos infernos … purgatório, vá lá...
Que te refaças o mais breve possível nesse período de readaptação “purgatorial” é o meu maior desejo.
E no teu “balanço” de débitos e créditos de prestação das contas, diz aí ao OuvidoR Chefe que o meu voto é SIM, POSITIVO, anota no CRÉDITO. Estás ganhando e como somos do mesmo time, a tua vitória é a nossa vitória.